FERNANDO BASTO FERRAZ

( Brasil – Ceará )

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Ceará (1981), mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1989) e doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Atualmente é professor Titular, em regime de 40 horas/DE da Universidade Federal do Ceará - UFC, onde leciona disciplinas de Graduação em Direito Público, Pós-graduação e do Curso Mestrado em Direito. Coordena diversas atividades de extensão. Participou do Projeto PROCAD/UFC/UFSC/UNIVALI sobre a UNASUL. Atua, principalmente, nos seguintes temas: Direito do Trabalho, Teoria do Estado, Constituição Federal de 1988 e Direitos Sociais.
Informações coletadas do Lattes em 25/11/2022 https://academiaparnaibanadeletras.wordpress.com/academicos-2/cadeira-no-26 

FERRAZ, Fernando Basto.  Atalhos da vida: poemas.  Apresentação de Rodrigo Marques. Ilustrações de Geraldo Jesuíno da Costa.   Fortaleza: Imprece, 2019.  136 p. 14,5 x 22,5 cm. ISBN 978-85-8126-206-2 
                                 Ex. bibl. Antonio Miranda /  doação do livreiro Brito – DF

         TRILHOS

       O trem
só conhece
o caminho
dos trilhos.

O meu bem
amanhece
no caminho
dos filhos.


BEIJA-FLOR

Sem o néctar da flor
que seria do beija-flor?
Voaria a dançar no ar
com ternura e amor?

       NOSSO LAR

Uma casa construímos
como um pássaro
de asas abertas.

Outra casa reformamos
dela fazendo ninho
junto com os passarinhos.

Trocamos um apartamento
por um belo apartamento
com jardineira nas janelas.

Estamos construindo
o nosso lar, que se alimenta
de sonho e de trabalho, sem tramelas.


CARA METADE

O curso de nossa vida
segue as águas do amor
no seu tempo presente.

Desagua no oceano
da paixão desperta:
comunhão consciente.


PARTIDOS POLÍTICOS

Partidos políticos
partilham idéias
constroem caminhos
e destroem, sozinhos,
nossos sonhos
quando ascendem
ao poder. 

Foto: https://www.youtube.com/watch?v=KeQ5gIwtq3I


OH, PARNAÍBA!

Minha Parnaíba,
onde está o rio
que procuro em ti?

As barcas do Igaraçu
sumiram do porto
do cais de onde parti.

        Para onde escoaram
as ilusões de tuas riquezas
nos grotões do Piauí?

No leito de tuas águas
afago minhas mágoas
entre sonhos, sem me iludir.

Minha Parnaíba,
onde está o brio
que escuto em ti?


*

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Página publicada em fevereiro de 2023